
O dever da Família e Sociedade
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária a todas as crianças e adolescentes”. Ainda assim, é comum observarmos em noticiários casos de maus-tratos contra menores, até mesmo casos de abandono de forma cruel e insensível por parte dos próprios dos pais, que não assumem suas responsabilidades para com seus filhos, assim sendo os jovens podem passar parte de sua vida sentindo-se sem valor devido à falta de um relacionamento familiar saudável.
Consequências da Disfunção Familiar nos Filhos
Quando as relações familiares sofrem uma quebra significativa no relacionamento, principalmente dos pais com os filhos, podem gerar diversos problemas psicológicos no individuo, como ansiedade, baixa autoestima e até mesmo depressão, problemas que podem seguir na sua vida inteira. Visto que a relação familiar está ligada diretamente ao desenvolvimento do indivíduo como pessoa e como parte integrante da sociedade, tendo parte essencial também no emocional e no desenvolvimento do pensamento crítico. Assim sendo os pais são de suma importância na jornada de autoconhecimento dos filhos.
É na infância o momento em que os jovens devem ser ensinados sobre a vida, em que decisões corretas devem ser tomadas e aprenderem como reagir diante situações difíceis. Quando esse padrão de desenvolvimento pessoal é quebrado, os filhos acabam reprimindo sentimentos e emoções, o que prejudica comunicações futuras, interferindo em suas ações e comportamento no meio social, impedindo-os assim de ter uma vida saudável e estruturada.
Há impactos significativos na vida das pessoas que não têm uma infância saudável, que enfrentam diversos conflitos familiares. Sendo um deles falta de comunicação, quando não há liberdade para expressar emoções e sentimentos o indivíduo acaba desenvolvendo conflitos internos, isso afeta diretamente a maneira de como ele vai lidar com as situações da vida adulta.
Quando não há uma presença responsável que ensine e ajude no crescimento, o indivíduo pode seguir um caminho mais comum, que o desvie de seus princípios. Os jovens podem também acabar fazendo aquilo que seus responsáveis legais fazem diante de seus olhos, ou seja, o que na maioria das vezes não é o correto, mas foi o que ele passou a vida inteira presenciando. Como quando uma criança cresce em uma família violenta a tendência é que futuramente reproduza os mesmos atos violentos vivenciados. Isto é, em determinadas situações, quando alguém ainda em fase de crescimento convive com esse tipo comportamento, há probabilidades de replicá-lo.
O Querer “Pertencer”
Em alguns casos, pessoas que vêm de uma família desestruturada só querem se sentir pertencentes a algum lugar ou alguém. Elas passam parte da infância e juventude deslocadas em sua própria casa e, quando crescem, querem encontrar um lugar para ficar em segurança. Muitos não sabem o que é receber amor dos pais e se culpam por isso. Mas a questão é que relacionamentos disfuncionais formam pessoas disfuncionais, os filhos com problemas psicológicos na maioria dos casos são resultado de pais disfuncionais.
Eu amei a forma como a escritora escreve é como se ela conhece cada indivíduo e transforma-se os sentimentos de cada um em palavras.